Ricardo Marques

Vereadores de Caxias (MA), durante sessão ordinária (Foto:Ascom/CMC)

Paulo Marinho Jr (PL) não é mais vice-prefeito de Caxias (MA). Ele formalizara junto à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vereadores termo de renúncia e a vacância do cargo foi anunciada pelo presidente da Casa, vereador Teódulo Aragão (PP).

A renúncia de PMJ teria sido caracterizada como uma manifestação de desprendimento, caso o mesmo tivesse renunciado ao cargo tão logo rompeu politicamente com o prefeito Fábio Gentil (Republicanos) – como fez outro dia o ex-vice-prefeito de Açailândia, Joaquim Ramos Jr, o “Joaquim da Proagro”, que rompeu com o prefeito Aloísio Sousa.

No entanto, ele optara inicialmente em pedir afastamento sem remuneração pelo período de 120 dias.

Ocorre que, ao assumir temporariamente a vaga de Josimar de Maranhãozinho (PL) – que se afastou do mandato para que o correligionário e aliado assuma pelos próximos meses –, PMJ demostrou dificuldade de desapegar do cargo que lhe rende mensalmente algo em torno de R$ 15 mil sem precisar enfiar um prego numa barra de sabão – seria tempo, talvez, de o nosso glorioso Congresso Nacional começar avaliar se é justo e necessário os vices (prefeito, governador ou presidente da República) terem direito a salário.

E há quem credite à renúncia do agora ex-vice-prefeito de Caxias ao anúncio da Câmara de Vereadores de abrir processo de cassação de mandato por acúmulo de cargo – PMJ teria assumido o mandato temporário de deputado federal antes de pedir afastamento do de vice-prefeito.

O mandato de vice-prefeito para o qual PMJ for eleito tem vigência até 31 de dezembro de 2024. Com a renúncia, o presidente do legislativo municipal agora é o segundo na linha sucessória do Palácio da Cidade, podendo assumir o Executivo, em caso de afastamento do mandatário municipal de Caxias.