Ricardo Marques

O déficit nas contas públicas do Maranhão é da ordem de R$ 300 milhões. O anúncio foi feito pelas redes sociais do secretário de Monitoramento das Ações Governamentais, Alberto Bastos. Ele credita o problema às alterações na legislação federal, o que de fato faz sentido, mas só em parte. Outras questões também contribuem para o desequilíbrio orçamentário – mais até que alterações na legislação. O inchaço da máquina pública é um exemplo. 

A situação do Maranhão reflete um problema comum em algumas regiões do Brasil: o inchaço da máquina pública. Esse cenário é agravado pela criação de cargos desnecessários para acomodar aliados políticos em troca de apoio. Essas práticas acabam gerando um déficit significativo no orçamento, como o mencionado déficit de R$ 300 milhões.

É importante notar que embora o secretário Alberto Bastos se mostre abalado pelo impacto das alterações legislativas federais nas contas do estado, não há menção de medidas para enxugar a máquina pública e cortar gastos excessivos. A manutenção de uma estrutura governamental inflada pode dificultar a gestão financeira e a eficiência dos serviços prestados à população.

Uma abordagem para enfrentar esse desafio seria a revisão criteriosa de todas as estruturas e cargos públicos, eliminando posições supérfluas e garantindo a efetividade dos servidores em suas funções. Além disso, promover a transparência na administração pública e evitar práticas clientelistas podem ajudar a evitar o uso inadequado dos recursos.

Ao buscar soluções para o problema do inchaço da máquina pública, o governo pode direcionar seus esforços para otimizar os gastos e focar em áreas prioritárias, buscando o equilíbrio das contas públicas e melhorando a qualidade dos serviços prestados à população do Maranhão. O governo pode começar, por exemplo, reduzindo o número de pastas. O Maranhão tem um número excessivo de secretarias e secretarias adjuntas no Estado.