POR CÁCIO CAPUAMA
O Palácio Manuel Beckman sede do Poder Legislativo do Maranhão está fugindo da sua principal função primordial que é a fiscalização das ações do Executivo estadual, o revoltoso Beckman não deve estar nada satisfeito em seu jazigo com esse papel da Assembleia, da mesma forma o saudoso Nagib Haickel que tem o seu nome no principal plenário e tribuna daquele poder, e que nos últimos meses virou palanque eleitoral para os deputados governistas que buscam em suas bases eleitorais serem pré-candidatos a prefeitos, e claro que o chefe do leões arregala os olhos visando uma vaga numa das casas bicameral em Brasília em 2026, isso é, se não levar vários golpes dos seus aliados, na política a libido de hoje poderá ser fel amanhã.
Da tribuna da ALEMA, nos últimos dias o líder do governo Rafael Leitoa, que é pré-candidato a prefeito de Timon, fizera discursos políticos eloquentes e emocionados tentando desqualificar a boa popularidade da gestão da prefeita Dinair Veloso. O deputado usou a tribuna para falar da crise econômica do transporte coletivo urbano na cidade, em tom alto e agressivo chegando ao ponto de franzir hoje a sua pequena testa. Se não bastasse todo o desconhecimento da crise econômica nos transportes urbanos no Brasil, o líder do governo não apresentou nenhum número que levara a crise.
A tentativa de atribuir a falta de faturamento da empresa prestadora dos serviços à gestão da prefeita Dinair é um discurso de pré-candidato oposicionista, haja vista que deixou de trazer dados e informar a população que o transporte é público somente no seu acesso, mas não no seu financiamento, quem paga por esses serviços integralmente é o usuário, e claro que existe as PPPs nos seus subsídios para manter a relação das gratuidades. O próprio deputado é sabedor das reduções no orçamento dos municípios pós-pandemia e se faz de desentendido.
De acordo com dados da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), 8 milhões de passageiros deixaram os ônibus nos últimos três anos potencializados com a pandemia Covid-19 entre 2019 e 2022, o sistema de transportes urbanos registrou queda de 24% na demanda de passageiros. Enquanto antes da pandemia eram realizadas 33 milhões de viagens por passageiros pagantes por dia em todo o Brasil, em 2022 caiu para 25 milhões de viagens, ou seja muitos dos passageiros que deixaram o transporte coletivo na pandemia não voltaram. Estes dados são muitos relevantes para que a União, Estados e Municípios, junto à classe empresarial, venham procurar soluções para reativar o sistema a bem dos usuários. Em vez do deputado usar a tribuna para criticar a gestão da prefeita Dinair Veloso que anda bem avaliada, ele poderia articular soluções para manter o sistema de transportes a bem da população que lhe concedeu o mandato para fazer um elo entre o estado e o município e não para torcer pelo quanto pior, melhor.
Fonte: Opinião
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