Ricardo Marques

Quando John Lennon disse que "os Beatles são mais populares que Jesus Cristo", ele estava fazendo uma observação polêmica sobre a popularidade e a influência da banda em comparação com a figura de Jesus Cristo na cultura popular da época. Essa declaração foi feita em março de 1966, durante uma entrevista à imprensa. 

Na época, os Beatles estavam no auge de sua popularidade global e sua música e personalidades haviam conquistado uma enorme base de fãs em todo o mundo. Ao fazer essa comparação, Lennon estava tentando ressaltar o fato de que a influência dos Beatles na sociedade contemporânea era tão grande que eles eram conhecidos por mais pessoas do que o próprio Jesus — levando-se em conta que em muitos países a maioria da população desconhece Cristo.

No entanto, essa declaração gerou muita controvérsia, sobretudo nos Estados Unidos e em alguns países predominantemente cristãos. Muitas pessoas interpretaram erroneamente as palavras de Lennon como uma blasfêmia ou uma tentativa de diminuir a importância de Jesus Cristo. O comentário gerou uma onda de protestos e boicotes aos Beatles, com discos sendo queimados em público e rádios boicotando sua música.

Lennon posteriormente se retratou e explicou que sua declaração foi mal interpretada. Ele afirmou que sua intenção era destacar o fato de que, em termos de popularidade e impacto cultural naquela época específica, os Beatles estavam recebendo uma quantidade extraordinária de atenção da mídia e do público em comparação com figuras históricas e religiosas.

É importante observar que essa afirmação de Lennon foi feita em um contexto específico da década de 1960 e não deve ser interpretada como uma declaração sobre a importância histórica, religiosa ou espiritual de Jesus Cristo. Trata-se, sobretudo, de uma observação sobre a popularidade e o fenômeno cultural que os Beatles representavam naquela época, nada além disto.

Fonte: O comentário do dia