Ricardo Marques

Claro que eleição é bicho imprevisível, uma vez que os cenários eleitorais costumam ser instáveis por si e estão sujeitos a eventos externos e circunstanciais. Por exemplo: as últimas eleições para governador. Em todo o país foram fortemente influenciadas pela polarização na corrida presidencial, que teve um impacto significativo — decisivo até, eu diria, em muitos estados. Por isso, é prudente dizer que resultado de eleição só é conhecido após a contagem dos votos válidos. 

É importante ressaltar que a exemplo das pesquisas, as análises de corridas eleitorais são sempre limitadas ao contexto atual, que podem ser facilmente influenciados por novos eventos. Portanto, querer prever os resultados eleitorais – sobretudo há um ano das eleições – seria mera especulação.

No entanto, considerando o cenário atual, parece ser uma tarefa desafiadora para as oposições aqui na Região dos Cocais alcançarem uma competitividade mínima nas próximas eleições, exceto em Codó, onde a possível candidatura do empresário FC Oliveira está gerando expectativas. Infelizmente, nas demais cidades da região, as oposições não se renovaram. São os mesmos nomes com as mesmas ideias. Parecem querer o poder pelo poder. Representam o mais do mesmo.

Diante desta realidade, é provável que candidatos como Dinair Veloso, em Timon, e Kedson Lima, em Aldeias Altas, sejam reeleitos sem sobressaltos. Da mesma forma, os atuais prefeitos Ferdinando Coutinho, em Matões, Raimundinho Silveira, em Parnarama, e Fábio Gentil, em Caxias – todos em seu segundo mandato e, portanto, sem direito à reeleição – devem fazer os seus sucessores.

Obviamente, essa análise não se trata de uma previsão definitiva, pois, como mencionado anteriormente, as eleições sempre podem trazer surpresas. No entanto, se novos candidatos – de perfis diferenciados dos que aí estão – não surgirem no cenário político para a próxima corrida eleitoral, a possibilidade de confirmação desses prognósticos é bastante real.