A falta de atenção adequada do poder público agrava a vulnerabilidade social dessas pessoas
De 2013 a 2023, a população em situação de rua no Brasil cresceu 935,31%. Ou seja, ao longo da última década, o contingente de pessoas nas ruas multiplicou-se por dez, de acordo com o IPEA – o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Em 2022, havia 236.400 pessoas em situação de rua inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – isto quer dizer que uma em cada mil pessoas no país vivia em situação de rua. Um problema que foi agravado pela pandemia.
No Maranhão a realidade não é diferente. Apenas na capital, São Luís, existem, cadastradas, aproximadamente 1.800 pessoas em situação de rua, de acordo com dados da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social.
É comum encontrar pessoas – famílias inteiras, inclusive – pedindo esmola em semáforos de avenidas movimentadas da cidade. Tem venezuelanos, equatorianos, e muita gente vinda do interior, expondo um grave problema social que parece não receber a devida atenção das autoridades. A precária situação dessas pessoas é amenizada em parte por organizações não governamentais e projetos sociais independentes, muitos coordenados por igrejas, que desempenham papel crucial na distribuição de alimentos e promoção de solidariedade. Contudo, a falta de atenção do poder público, tanto municipal quanto estadual, agrava a condição de vulnerabilidade social dessas pessoas.
No interior do estado também é notório o crescimento da população em situação de rua, todavia os dados não são confiáveis.
Ainda de acordo com o IPEA, as principais causas que levam as pessoas à situação de rua no Brasil têm a ver com problemas familiares, seguidos por desemprego e pelo consumo de álcool e/ou drogas.
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