Ricardo Marques

Governo do Maranhão cria mais uma secretaria de Estado

Publicado: 11/04/2024 08:24 - 0 comentário


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Agora, são 42 secretarias, 5 órgãos vinculados a secretarias, 15 autarquias, 5 empresas públicas de economia mista, 3 fundações e um sem número de secretarias adjuntas, além da Governadoria e da Vice-Governadoria

O governo do Maranhão parece debochar da cara do povo. A máquina pública estadual, de tão agigantada, mais parece um mastodonte – um mamífero pré-histórico, enorme, lento e pesado. Achando pouco, o governo criou mais uma pasta de primeiro escalão, nome pomposo: SEGERF – Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão dos Recursos Federais. Agora são 42 secretarias – sendo sete extraordinárias –, 5 órgãos vinculados a secretarias, 15 autarquias, 5 empresas públicas de economia mista, 3 fundações e um sem número de secretarias adjuntas, além da Governadoria e da Vice-governadoria. Desse monte de órgãos, alguns são de fato necessárias, outros nem tanto, servem basicamente de cabide de emprego para aliados e apaniguados.

Esse cenário ganha contornos ainda mais complexos quando contrastado com os relatos do deputado estadual Othelino Neto. Em uma sessão da Assembleia Legislativa, o deputado expôs um quadro alarmante da situação da saúde pública no Maranhão, marcada por condições caóticas, iminência de paralisações de médicos no Hospital Presidente Vargas e um endividamento que alcança cifras astronômicas. A dívida na área da saúde, que chega a R$ 1 bilhão, revela uma crise profunda, comprometendo não apenas a eficácia dos serviços oferecidos à população, mas também a reputação do estado, agora tido como “o mais caloteiro do Brasil”, mas palavras do deputado. Essa situação de débito, inclusive, se estende também ao setor de infraestrutura, onde os atrasos em pagamentos espelham uma gestão que não consegue honrar suas obrigações financeiras.

Diante desse panorama, a decisão de criar mais uma secretaria surge como um paradoxo. Em um estado onde a eficiência dos serviços públicos é tão criticada, e a capacidade de gestão financeira questionada, o aumento da máquina pública provoca debates acalorados sobre a prudência e a eficácia das estratégias de gestão adotadas. Na avaliação de Othelino, o principal prejudicado é a população, pois o atendimento nos hospitais começa faltar. E o deputado tem razão. Thomas Jefferson dizia que “Em tempos de má gestão, o povo é o maior perdedor, pois suas necessidades são as últimas a serem consideradas."


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