Ricardo Marques

Murilo Santos

Por: Opinião | Publicado: 09/08/2024 15:23 - 0 comentário


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POR AZIZ JÚNIOR 

Murilo Santos, cineasta brasileiro, natural do Maranhão, tem participado de diversos festivais de cinema, onde seus filmes são frequentemente destacados por suas abordagens autênticas e profundas sobre temas regionais e sociais, explorando questões culturais e políticas. A presença em festivais como o Festival de Cinema de Brasília e o Festival de Cinema do Maranhão contribui para sua crescente visibilidade no cenário cinematográfico brasileiro.

A sua produção cinematográfica reflete a rica diversidade e complexidade do Brasil, destacando a realidade local e proporcionando uma visão crítica sobre diversos temas. Seu trabalho contribui para a visibilidade e valorização do cinema regional brasileiro.

Documentários como "A Terra e o Vento" em que Murilo explora a vida e as tradições das comunidades ribeirinhas do Maranhão, destacando a importância da preservação cultural e ambiental, elogiado em festivais de cinema por sua abordagem sensível sobre essas questões; e Retratos da Terra" com histórias e paisagens das comunidades das áreas rurais do nosso território, com foco nas interações entre a terra e as pessoas que a habitam, nos tem ajudado a melhor compreender o nosso estado; o drama ficcional Última Esperança", abordando questões de desigualdade e luta por justiça é um exemplo da capacidade de Murilo em mesclar ficção com temas sociais relevantes; Em Busca do Bem Viver, o cineasta cresce e se junta aos grandes ao mostrar a batalha desigual de comunidades contra o capital, na luta pelo direito de trabalhar na terra onde vivem.

A tudo isso podemos somar outras tantas obras cinematográficas do nosso homenageado, como Terra de Quilombos: Uma Dívida Histórica, Marisa Vai ao Cinema; Ninguém come carvão; Qual é o Jeito Zé?; o clássico Bandeiras Verdes; Tambor de Crioula, Quem matou Elias Zi a ponto de ser chamado de papa do cinema documental do Maranhão, sobretudo, pioneiro entre nós da sétima arte.

A experiência e habilidade de Murilo em documentários e filmes buscam dar voz a histórias e realidades que precisam de ampla visibilidade em nosso mundo de injustiça e desigualdade.

É com emoção bem maranhense que reverencio o cineasta Murilo Santos pelos filmes que produziu e produz, e que têm sido reconhecidos em festivais e mostras de cinema, valorizando a produção fora dos grandes centros urbanos brasileiros.

Ao lado da Sala Murilo Santos, ontem inaugurada, instalamos também a nossa Produtora Audiovisual Desterro Filmes, sonho que se materializa em realidade, assim como fez Rebeca Andrade ao concretizar o sonho de se transformar na maior medalhista brasileira.

Todos sabemos do poder da imagem para uma boa comunicação. A linguagem dos vídeos é essencial para transmitir mensagens de forma clara e impactante, em um mundo saturado de informações. A preservação e resgate da memória é pauta extremamente relevante quando se fala em desenvolvimento social, trata-se de um direito da população, pois sem memória não há identidade.

Aqui nos alinhamos ao esforço de uma vida inteira de Murilo Santos, Frederico Machado e Euclides Moreira neto, por exemplo, que não se cansam em produzir documentários e filmes como legado extraordinário de memórias para as gerações futuras.

Esta produtora nasceu de um sonho. No início do ano passado recebi um convite do curso de audiovisual do IEMA para participar de um web documentário, seguido de um videoclipe. Experiência exitosa. No embalo, fizemos um vídeo de uma parceria entre Josias Sobrinho e a poetisa, minha prima querida, Lúcia Santos.

Ainda em 2023, em julho, fui procurado para uma parceria institucional do curso de audiovisual do IEMA com o IESTI, para receber alunos do curso em cumprimento de carga horária em estágio de finalização de curso. Foi incrível.

As coisas foram se sucedendo, os estagiários inscreveram o videoclipe no Maranhão na tela. Fomos premiados pelo júri popular como o melhor videoclipe.

No estágio, sob a nossa orientação, os alunos do IEMA desenvolveram um vídeo institucional para o Projeto Patrimônio em Rede, do IESTI, e também inscreveram uma Web série no edital municipal da Lei Paulo Gustavo para que 5 artistas maranhenses contassem suas histórias, atualmente na fase de produção. Com os recursos da Lei PG compramos os equipamentos da Produtora. 

Lunna Eduarda, Jefferson Renê, Thatianne, Larissa, Gabriel Silva e Leonardo José criaram a Produtora Desterro Filmes, dela fazem parte. Eles são Ela, Ela são eles.

Meus agradecimentos a todos que compareceram para testemunhar esta homenagem que o IESTI fez ao cineasta Murilo Santos, inaugurando a sala que leva o seu nome, bem como para presenciarem a instalação da Produtora Desterro Filmes.

Muito obrigado.

*Cantor e compositor



Fonte: Opinião

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