Ricardo Marques

POR RICARDO MARQUES 

Amigos internautas, 

A exploração de petróleo na Margem Equatorial pode se tornar uma tragédia ambiental. Mesmo com pareceres contrários do Ibama, o governo sinaliza que vai em frente, e um dos motivos para a troca de comando na Petrobras teria sido exatamente esse: o ex-presidente da estatal defendia mais investimentos em combustíveis renováveis, enquanto o governo insiste nos fósseis, altamente poluentes.

O interesse na Margem Equatorial ignora riscos imensos. A região abriga um ecossistema riquíssimo, com biodiversidade única e influência direta na Amazônia. Qualquer acidente pode gerar impactos irreversíveis. Mas, para o Congresso, parece que isso não importa. Lá, existe até uma “Frente Parlamentar em Defesa da Margem Equatorial”, liderada pelo deputado maranhense Pedro Lucas – que esta semana foi à tribuna e sentou a pua na ministra Marina Silva, contrária a exploração.

Pedro Lucas já consultou os búzios: “A exploração da Margem Equatorial vai gerar 500 mil empregos; vai aumentar o PIB do Maranhão em 20%” – ai, ai, eu, hein!!!

Essa “defesa” – da tal frente – tem mais a ver com ataque: é como se madeireiros gananciosos criassem uma associação para proteger uma floresta cobiçada. Quem acreditaria?

Em novembro, o Brasil vai sediar a COP 30, em Belém (PA). Como justificar para o mundo essa contradição? Enquanto o planeta busca reduzir emissões, o Brasil flerta com um desastre ambiental.

Sigamos em frente com força e fé!!!

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