A Polícia Federal deflagrou nesta terça- feira (19) a Operação Lei do Retorno para desarticular uma organização criminosa acusada de desviar mais de R$ 50 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas, jurídicas e servidores públicos em Caxias, São Luís, São José de Ribamar, Buriti Bravo, Presidente Dutra e Joselândia, no Maranhão, além de Teresina, no Piauí.
Segundo as investigações, o grupo fraudava licitações municipais entre 2021 e 2025, desviando recursos do Fundeb e devolvendo parte dos valores a servidores públicos envolvidos no esquema.
Os alvos incluem Fábio Gentil, ex-prefeito de Caxias, a ex-secretária Ana Célia Damasceno, a deputada federal Amanda Gentil e a estadual Daniela Gentil. As buscas também alcançaram o gabinete de Daniela em São Luís.
Entre os crimes apurados estão organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 52 anos de prisão.
As investigações continuam em andamento.
OUTRO LADO
Prefeituras e políticos se manifestam após operação da Polícia Federal no Maranhão e Piauí
A Operação Lei do Retorno, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (19), cumpriu 45 mandados de busca e apreensão em sete cidades, sendo seis no Maranhão — Caxias, São Luís, São José de Ribamar, Buriti Bravo, Presidente Dutra e Joselândia — e em Teresina, no Piauí.
A ação repercutiu entre prefeituras e lideranças políticas, que emitiram notas oficiais ao longo do dia.
Prefeituras
A Prefeitura de Caxias informou que está colaborando integralmente com as investigações e prestando todas as informações e documentos solicitados. A gestão reforçou o compromisso com a legalidade, a transparência e o apoio ao trabalho dos órgãos de controle.
Já a Prefeitura de São José de Ribamar esclareceu que a operação não teve como alvo o município nem o prefeito. A nota criticou distorções em parte da cobertura jornalística, que teria induzido a opinião pública ao erro ao associar a ação à prefeitura.
Em Buriti Bravo, a gestão também confirmou a presença da PF, mas negou qualquer irregularidade. Segundo a nota, agentes analisaram documentos e visitaram escolas, onde constataram que os materiais didáticos estavam entregues e em uso. A prefeitura afirmou que sua equipe jurídica acompanha o caso e que segue à disposição para prestar esclarecimentos.
Políticos
A deputada estadual Daniella confirmou que a PF esteve em seu gabinete na Assembleia Legislativa. Ela negou qualquer irregularidade em sua atuação parlamentar e disse confiar plenamente no trabalho das instituições.
A deputada federal Amanda Gentil afirmou que tomou conhecimento da operação em Caxias, mas que seu nome foi citado de forma equivocada. Disse que não foi acionada pelas autoridades e reforçou que seu mandato sempre foi pautado pela responsabilidade e transparência.
O ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, também se manifestou. Ele confirmou que sua residência foi alvo de diligência da PF, mas declarou que não há qualquer fato que desabone sua conduta. O ex-gestor lembrou que todas as suas contas entre 2021 e 2024 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e reafirmou confiança nas autoridades.
Operação
A Operação Lei do Retorno apura supostas irregularidades envolvendo recursos públicos em diferentes municípios do Maranhão e do Piauí. Até o momento, a Polícia Federal não detalhou os nomes dos investigados nem os valores envolvidos.
Fonte: Com informações da PF
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