O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, insiste em manter sob seu controle processos que dizem respeito diretamente ao Maranhão — estado onde foi governador até pouco tempo e de onde ainda ecoam disputas políticas em que seus ex-aliados figuram como protagonistas, num embate ferrenho entre dinistas — que são os remanescentes do grupo até pouco tempo liderado por Dino, com pessoas ainda próximas a ele — e brandonistas — liderados pelo atual governador, Carlos Brandão, um ex-aliado que virou desafeto do ministro.
Em decisão recente, Dino resolveu apartar petições e denúncias feitas por uma advogada de fora do estado — que aqui ninguém conhece! —, mantendo sob segredo de justiça parte do caso que envolve as indicações ao Tribunal de Contas. Oficialmente, a medida seria para “organizar” o processo. Mas, na prática, reforça a percepção de que o ministro não se vê obrigado a se declarar impedido, mesmo diante de temas tão ligados ao seu recente passado político.
Esse comportamento alimenta uma crítica crescente: Flávio Dino parece se achar intocável e se coloca acima do bem e do mal, ignorando que imparcialidade não é só requisito técnico, mas condição de credibilidade. Ao insistir em relatar casos que tocam diretamente no jogo de poder maranhense, expõe a Corte a suspeitas desnecessárias e mina a confiança no próprio Supremo. Para muitos, a postura do ministro já soa como um atentado ao Estado Democrático de Direito — e o mais sensato seria ele se afastar desses processos, em defesa não apenas da sua imagem, mas da legitimidade da instituição que hoje representa.
Veja o comentário em vídeo (aqui)
Deixe seu comentário aqui
Comentários
Nenhum comentário foi encontrado, seja o primeiro a comentar!