POR RICARDO MARQUES
No Maranhão, a conta não fecha. 82% das cidades não se sustentam — vivem de repasses, sobretudo do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. O levantamento da Firjan — a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro — mostra que, no Maranhão, das 217 prefeituras, 179 não arrecadam nem para manter o gabinete do prefeito e a câmara de vereadores. E ainda gastam como se o dinheiro fosse inesgotável.
Buriticupu, Centro Novo, Lago da Pedra, São João do Sóter e tantos outros… municípios historicamente marcados pela baixa arrecadação e dependência quase total dos repasses federais. Quando o FPM cai na conta, surgem festas caras, contratos suspeitos e folhas de pagamento inchadas.
O índice médio de autonomia fiscal dos pequenos municípios do Maranhão mal chega a 0,37, contra 0,83 das cidades grandes. A diferença mostra o quanto o interior depende da União e o quanto isso compromete o desenvolvimento local.
Quando o dinheiro atrasa, tudo para: obra, hospital, transporte escolar… A verdade é dura — sem o FPM, o Maranhão pararia em dois dias. Mas o problema não é só falta de dinheiro. É falta de gestão, de prioridade. Administrar um município não é esperar repasse: é planejar, fazer o dinheiro render e respeitar o contribuinte.
O Maranhão não pode continuar vivendo de mesada. E prefeito que não sabe arrecadar… não deveria saber gastar.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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