POR RICARDO MARQUES
E os dinistas, hein?! Esses ex-pregadores da moral e dos bons costumes públicos, agora resolveram descobrir o que é nepotismo — mas só depois que o sobrinho do governador deixou de ser “parente útil”. É impressionante como a ética, para essa turma, tem prazo de validade: vale enquanto serve aos próprios interesses.
A indicação de Daniel Brandão para o cargo de conselheiro do TCE se deu por unanimidade, com o aplauso entusiasmado dos mesmos deputados que hoje fingem indignação. Na época, fui uma das poucas vozes a criticar. Quase ninguém mais chiou. Ninguém correu pra Justiça. Era tudo “dentro da legalidade”, “um nome técnico”, “um jovem preparado”... Agora, quando o jogo político azedou, os moralistas de ocasião aparecem, empunhando a bandeira da pureza institucional — tentando reescrever a história com a tinta do rancor.
Não se trata de zelar pela coisa pública. Trata-se de vingança travestida de virtude — no caso, uma falsa virtude, diga-se de passagem. O que incomoda não é o cargo, é quem o ocupa. No fundo, o problema não é o sobrinho do governador — é o fato de ele não ser mais “do time”. Essa súbita conversão ética dos dinistas é tão convincente quanto promessa de campanha. No Maranhão, a hipocrisia virou método, e o moralismo, uma arma de ocasião.
Veja o comentário em vídeo (aqui)
Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
 
 
Deixe seu comentário aqui
Comentários
Nenhum comentário foi encontrado, seja o primeiro a comentar!