POR RICARDO MARQUES
O Supremo Tribunal Federal resolveu prestar um pequeno serviço de utilidade pública: lembrar que, até no Maranhão, mesmo briga por cadeira tem limite de vexame. Foram 10 a 0. Dez. A zero. Uma surra de saia tão sonora que deve estar ecoando pelos corredores da Assembleia até agora. Iracema Vale não apenas venceu — ela passou o rodo, desligou a luz e ainda deixou o recado na porta: “jogo é jogado, regra é regra. Aprendam, meninos!”
O Solidariedade reclamava do critério de desempate — a idade — depois de dois empates de 21 a 21, numa eleição que ocorreu em 13 de novembro de 2024 — portanto, há um ano. O STF, num raro momento de harmonia cósmica, decidiu por unanimidade. Unanimidade! Algo que nem fila de padaria consegue produzir. E, como sempre, quando o Supremo decide assim, ele não apenas julga: ele manda um “acabou, gente” com entonação de mãe cansada.
E aí veio o ato seguinte: Othelino Neto, recém-varrido pelo 10 a 0, fez o que todo político faz quando toma uma pancada dessas — mudou de partido. Foi para o PSB, porque, afinal, quando o barco balança, sempre tem quem tente pular para outra canoa antes de molhar o sapato — e Othelino , convenhamos, é craque na arte de abandonar navio, como bem lembrou outro dia o deputado Adelmo Soares.
Enquanto isso, o PCdoB, que embarcou com Othelino na malfadada aventura jurídica, agora acena ao governador Brandão querendo repactuar. É a política sendo política: quando a maré vira, irmão, todo mundo lembra onde está o cais.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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