POR RICARDO MARQUES
A indicação de Jorge Messias ao STF reacende uma velha verdade de Brasília: nada anda no Senado sem articulação política fina. E, nesse tabuleiro sempre delicado, o senador Weverton Rocha volta a ocupar uma posição estratégica. Não é de hoje. Na indicação do ministro Flávio Dino, ele operou silenciosamente, costurando apoios, equilibrando resistências e ajudando a transformar um cenário turbulento em uma aprovação sólida. Agora, mais uma vez, seu papel é observado com atenção.
Weverton tem uma habilidade rara no Congresso: transita bem entre o governo, o centro político e até setores tradicionalmente refratários ao Planalto. Não se trata apenas de simpatia — é leitura de ambiente, timing e capacidade de construir pontes onde muitos preferem acender incêndios. E, numa sabatina marcada por tensões explícitas, essa habilidade pode fazer a diferença.
A escolha de Davi Alcolumbre por Weverton como relator não é mero gesto. É o reconhecimento de que, quando o clima azeda, é preciso alguém que saiba conversar, recompor e devolver estabilidade ao processo. O Senado vive dias sensíveis, e o país acompanha de perto. O que se espera agora é que essa condução seja técnica, serena e, sobretudo, capaz de devolver alguma previsibilidade institucional ao debate.
Se vai dar certo? É cedo para cravar. Mas, se Brasília ainda recompensa competência política, Weverton entra novamente como peça decisiva para evitar um desgaste histórico do governo.
Veja o comentário em vídeo (aqui)
Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
Deixe seu comentário aqui
Comentários
Nenhum comentário foi encontrado, seja o primeiro a comentar!