Ricardo Marques

A 2ª vaga

Por: O comentário do dia de Ricardo Marques | Publicado: 03/12/2025 07:16 - 0 comentário


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POR RICARDO MARQUES 

A disputa pelas duas vagas ao Senado em 2026 começa a ganhar forma. E há um ponto claro: na chapa de Orleans, Weverton Rocha está consolidado para buscar a reeleição. Mas a segunda vaga permanece aberta — e é nela que se concentra o verdadeiro jogo político do Maranhão. A esquerda, hoje, além de Weverton, não tem um nome competitivo. Fala-se que Eliziane Gama, desgastada, deve recuar para a Câmara. Isso abre um espaço precioso que, se mal preenchido, pode alterar o equilíbrio do estado no Congresso.

Quem se move para ocupar essa vaga é o deputado André Fufuca: habilidoso, articulado, mas com um obstáculo evidente — sua forte vinculação com a direita e com figuras como Ciro Nogueira. Eleito senador, Fufuca dificilmente votaria com o campo progressista. E isso pesa num momento em que a esquerda precisa consolidar uma maioria segura no Senado.

Nesse cenário, o nome de Roseana Sarney ressurge com força. Não é de esquerda e nunca foi. Mas mantém confiança mútua com o presidente Lula. Já foi líder do governo dele no Senado, conhece a Casa e sabe dialogar onde tantos só criam atritos. E José Sarney continua sendo uma das vozes ouvidas por Lula nos momentos decisivos. Isso não é detalhe — é capital político.

É verdade que Roseana enfrenta agora uma dura batalha contra o câncer de mama. Mas superação nunca foi problema para ela. E, se não tiver condições de entrar na disputa, há uma alternativa que merece atenção: Fernando Sarney. Um nome leve, respeitado, com trânsito no setor produtivo e boa relação com a classe política. Um perfil que conversa com o projeto de Orleans e mantém a ponte com Brasília intacta.

O fato é simples: deixar essa segunda vaga ao acaso pode custar caro. Com Roseana — ou Fernando — o Maranhão ampliaria a articulação a favor de um novo governo Lula. Mas Sarney parece pouco disposto a mexer no tabuleiro do qual é mestre, o que chama atenção. Para sua biografia, talvez este seja o momento ideal para deixar um herdeiro seu bem-situado no núcleo do poder e, só então, encerrar definitivamente a longa trajetória política em que já conquistou tudo o que era possível conquistar.

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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques

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