Ricardo Marques

VÍDEO: O carnaval que não teve em Caxias

Publicado 28/02/2020 07:21:12 1 comentário


As declarações do presidente da ‘Escola Malucos por Samba’, Cayo Cruz, aniquilam a versão oficial que tenta passar a ideia de sucesso para o carnaval 2020 de Caxias (MA). Em ‘nota de repúdio’ publicada no blog do jornalista Jotônio Viana (veja aqui), Cayo extravasa os efeitos da frustração que ele e demais carnavalescos e brincantes tiveram na terça-feira (25), quando o tradicional desfile de blocos e escolas de samba foi realizado aos trancos e barrancos – e graças a determinação do pessoal dessas agremiações.

Cayo conta que o desrespeito do poder público para com a tradição carnavalesca foi gritante. Não havia segurança; não havia ambulância; não havia sistema de som... sequer um microfone havia.

Diferente de outros carnavais, quando o desfile de blocos e escolas de samba era realizado na Praça do Pantheon, este ano alguém com ideia de jerico resolveu “inovar”, deslocando o desfile para a apertada rua Dr. Berredo – e limitado a um único dia de apresentação. Foi o ó!

O desabafo de Cayo Cruz é forte e pertinente. Ele próprio lembra em seu texto que o desfile de blocos e escolas de samba está próximo de completar 100 anos de tradição – merece respeito, pelo tempo e pela importância no contexto sociocultural do Reinado de Momo.

O fato é que o carnaval de Caxias deixou a desejar. Que se tragam essas bandas ultrapassadas – as que estão no auge não saem da Bahia durante a festa momesca por dinheiro nenhum –, pois o povão gosta da bagaceira. Mas abrir mão do desfile de blocos e escolas de samba é atentar contra a própria tradição carnavalesca. Lamentável! 

Veja no vídeo abaixo como era o desfile de blocos e escolas de samba de Caxias:


Deixe seu comentário aqui

Verificação de segurança

Comentários


Alexandre Silva

28/02/2020 07:47

Veja o contracenso amigo colunista. Quando assistimos o vídeo, vemos dois políticos que fazem parte da base do atual mandatário, que eram entusiastas da folia tradicional e que na atualidade nada fizeram para a sobrevivência do desfile. Inclusive na fala deles, fica claro que essa cultura não deve morrer. Mas infelizmente já respira por aparelhos.