Ricardo Marques

No Maranhão, mais da metade dos professores da rede pública estadual são contratados temporariamente

Publicado: 29/04/2024 08:31 - Atualizado em 29/04/2024 08:31 - 0 comentário


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E 33% dos docentes de educação básica do estado não possuem diploma universitário

Cinquenta e cinco por cento dos professores da rede pública estadual de ensino do Maranhão são contratados. Ou seja, mais da metade dos docentes do Estado não tem estabilidade e outras garantias no emprego. Estão submetidos aos humores do gestor – por isso, muitas vezes são obrigados a comparecer a eventos político-partidários e eleitorais. O Plano Nacional de Educação, que estabelece metas para o ensino no Brasil, prevê que pelo menos noventa por cento dos professores das escolas públicas sejam efetivos – admitidos por meio de concurso público. Essa meta deveria ter sido cumprida até 2017. Em pleno 2024, o Maranhão anda longe de cumpri-la, segundo levantamento do INEP – o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Mas os problemas não param por aí. No Maranhão, 33% dos professores da educação básica não têm diploma universitário – é o estado com a pior situação nesse aspecto. E entre os que têm diploma, mais da metade dos professores não têm licenciatura na disciplina que lecionam.

Especialistas avaliam que essa deficiência na qualificação dos professores é um dos principais fatores que comprometem a qualidade da educação no Maranhão, onde apenas 20% dos estudantes da rede pública concluem o Ensino Fundamental com a aprendizagem adequada em Língua Portuguesa. No Ensino Médio, essa porcentagem é ainda mais baixa: somente 17,7% dos alunos alcançam o nível de aprendizado esperado.

Desnecessário dizer que esse cenário educacional precário tem repercussões que explicam, em parte, o ciclo de pobreza e baixa mobilidade social que se perpetua no Maranhão através das gerações.


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