Ricardo Marques

Em algumas cidades maranhenses a renda média mensal não chega nem a R$ 40, conforme aponta o estudo "Mapa da Riqueza no Brasil", realizado pela Fundação Getúlio Vargas

A pobreza no Brasil apresentou uma significativa redução, conforme revela um estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE. Segundo o Instituto, cerca de 10,4 milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza entre 2022 e 2023. A taxa de pobreza diminuiu de 38,2% da população em 2021 para 33% em 2023, sendo importante destacar que o índice de 2021 foi o mais alto da última década. A redução da pobreza no país reflete as políticas implementadas pelo governo federal. E só não foi unânime porque no Acre houve um aumento de 0,4% na taxa de pobreza.

No Maranhão teve redução, contudo a situação ainda é crítica. Mais da metade da população maranhense – 51,6% – ainda se encontra em situação de pobreza ou extrema pobreza. Entre os 6,7 milhões de habitantes do estado, 8,4% vivem com menos de duzentos reais mensais, de acordo com o Censo IBGE. Além disso, em algumas cidades maranhenses a renda média mensal não chega nem a R$ 40, conforme aponta o estudo "Mapa da Riqueza no Brasil", realizado pela Fundação Getúlio Vargas.

Outro dado que expõe a situação de pobreza do Maranhão está no baixo percentual de declarações de Imposto de Renda. Menos de 6% por cento da população maranhense declarou renda em 2023, ano em que foi obrigatório declarar para quem recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 2,3 mil mensais em 2022. O fato de poucas pessoas terem declarado significa que a renda, em geral, é baixa.