POR RICARO MARQUES
O afastamento de Renan Bezerra de Melo Pereira do cargo de superintendente regional do DNIT no Tocantins, durante a investigação sobre a queda da ponte Juscelino Kubitschek, é uma medida necessária, mas tardia. Este não é um caso isolado: Renan é réu em outro processo que apura desvios de obras rodoviárias no estado. Chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2017 e foi denunciado na Operação Ápia por crimes como peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A investigação revelou um esquema que teria desviado mais de R$ 200 milhões do BNDES. À época, ele era superintendente da Agência de Transporte e Obras Públicas do Tocantins.
Estamos falando de uma gestão pública que, ao longo dos anos, tem sido marcada por descaso, corrupção e um sistema que privilegia a impunidade. Como confiar em quem já foi acusado de fraudar licitações e desviar recursos públicos? A tragédia da ponte que liga o Maranhão ao Tocantins não é apenas resultado de negligência estrutural, mas um reflexo de práticas criminosas que drenam recursos essenciais para obras e manutenção.
O afastamento é apenas o começo. É urgente que as autoridades tratem esse caso com a seriedade que ele exige, punindo os culpados e impedindo que pessoas com histórico tão duvidoso tenham qualquer chance de retornar ao comando de instituições que deveriam servir ao interesse público. O Brasil não pode mais tolerar que os cargos públicos sejam trampolins para a corrupção.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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