POR RICARDO MARQUES
O prédio que abriga o Arquivo Público do Maranhão, um dos maiores repositórios da história e da memória do nosso estado, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros. O motivo? O péssimo estado de conservação. Uma situação revoltante que não é novidade para ninguém. Desde meados do ano passado, a deterioração dessa estrutura vem sendo denunciada, mas, como de costume, o poder público se mantém inerte diante do óbvio.
Agora, com o risco iminente à segurança, o acervo será transferido para um anexo da unidade do IEMA, no centro de São Luís. Uma medida que o deputado estadual Carlos Lula, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, reconhece como paliativa, mas inevitável, dado o cenário de abandono – conforme manifestação dele nas redes sociais.
O deputado garantiu que os recursos para a reforma já estão disponíveis, mas, até agora, nada foi feito. Enquanto isso, o patrimônio histórico do Maranhão segue à mercê do descaso, exposto ao risco de perdas irreparáveis.
Quantas outras interdições, tragédias ou apagões culturais teremos que assistir para que o governo do Estado entenda que cultura não é supérfluo, mas sim uma prioridade? O povo do Maranhão não pode aceitar tamanho desprezo com sua memória. É hora de agir, antes que seja tarde demais.
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