POR RICARDO MARQUES
As prisões de Larissa Rezende Santos, Maria José de Lima Soares e Ivan Jorge da Piedade Madeira — a primeira assessora parlamentar e os outros dois dirigentes de renomadas instituições culturais — voltam a acender o alerta sobre o mau uso das emendas parlamentares no Maranhão. Nomes de pelo menos três deputadas foram citados nos autos: Helena Duailibe, Andreia Rezende e Cláudia Coutinho — todas negam qualquer tipo de envolvimento.
O trio preso na sexta-feira deixou a cadeia já no sábado, e vai responder em liberdade. O caso, revelado pela Polícia Federal, aponta indícios de que recursos destinados à cultura — dinheiro público — teriam sido desviados por meio de eventos que, na prática, jamais aconteceram. É um roteiro que se repete: verba legítima, carimbo institucional, aparência de legalidade… e o desfecho conhecido — o dinheiro some antes de chegar ao seu verdadeiro destino.
O mais grave é que esse tipo de esquema, se confirmado, mina a confiança na política e corrói a credibilidade de projetos culturais que dependem do poder público. A investigação ainda está em curso, e os envolvidos têm direito à defesa — mas o episódio expõe, mais uma vez, a necessidade de transparência nas emendas parlamentares e de controle efetivo sobre o uso do dinheiro público. Se o modelo continuar sem fiscalização, o resultado é sempre o mesmo: a cultura perde, o cidadão paga — e a política, mais uma vez, sai menor.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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