O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante a cúpula da ASEAN em Kuala Lumpur, na Malásia, assumiu caráter simbólico e diplomático. Segundo interlocutores, o tom foi amistoso e houve disposição declarada para reabrir canais de negociação entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em relação às tarifas impostas por Washington sobre produtos brasileiros.
É um resultado positivo para o Brasil?
Em parte. O diálogo direto com o chefe da Casa Branca foi um avanço político — demonstra interesse mútuo em reengajar a relação bilateral e oferece margem de manobra diplomática para o Brasil.
Por outro lado, até o momento não há mudança efetiva: as tarifas de importação dos EUA sobre produtos brasileiros continuam aplicadas e nenhum termo de retorno foi formalmente anunciado.
O que esperar nos próximos dias?
Reuniões técnicas entre equipes dos dois países para negociar interrupção ou revisão das tarifas impostas ao Brasil.
Propostas de contrapartidas e ajustes setoriais, especialmente para os segmentos mais afetados pela medida tarifária.
Avaliação de pressões políticas e econômicas internas, já que o Brasil deverá equilibrar expectativas domésticas com exigências externas.
Se as negociações avançarem bem, algum anúncio de suspensão parcial ou total das tarifas pode ocorrer – mas somente após verificações de viabilidade técnica e política.
Em resumo, o encontro marca uma reaproximação diplomática que pode ser benéfica para o Brasil, mas sua eficácia dependerá das próximas rodadas de negociação — e não apenas das declarações de intenção.
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