POR RICARDO MARQUES
O Brasil é o único país onde o crime virou vítima e a polícia, o vilão da história. Morrem mais de cem bandidos numa operação no Rio… e a comoção é pelo pobre bandido abatido — não pelo policial que tomou um tiro defendendo uma sociedade que o chama de assassino.
Quatro policiais mortos. Quatro famílias destruídas. E o que se ouve? Silêncio. Um silêncio educado, covarde, dessas almas sensíveis que só choram quando o defunto tem ficha criminal.
Ah, sim… “violência gera violência”, dizem. Mas a pergunta é: quem começou? A polícia, que sobe o morro porque alguém tem que subir — ou o sujeito que transforma o morro em quartel, a escola em ponto de droga e o fuzil em brinquedo de criança?
É bonito bancar o pacifista de sofá, tomando café gourmet e tweetando “paz”. Paz, claro, desde que alguém vá lá se sujar de sangue por você.
Eu me solidarizo, sim, com as famílias dos mortos. Todos eles. Mas há uma diferença básica: alguns morreram tentando proteger a lei — outros, tentando matar quem a faz cumprir. E no Brasil, a tragédia é que a fronteira entre herói e vilão anda cada vez mais borrada — não por culpa da bala, mas da hipocrisia.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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