POR RICARDO MARQUES
Enfim, uma boa notícia no campo da política fiscal. O Congresso aprovou o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais por mês. É uma medida que traz alívio real — e raro — ao bolso de milhões de trabalhadores que sustentam o país.
Não é favor, é justiça. Durante décadas, o peso dos impostos recaiu sobre quem trabalha, enquanto os rendimentos de capital, lucros e dividendos — o verdadeiro dinheiro grande — escapavam com elegância das garras do Leão. Agora, pela primeira vez em muito tempo, a balança começa a se mover na direção certa.
Mas o passo seguinte é necessário e inevitável: taxar os super-ricos. E não estamos falando de classe média alta — mas de uma minoria que ganha acima de 600 mil reais por ano, cerca de 1% da população, segundo o Ministério da Fazenda. O governo propõe uma alíquota progressiva de até 10% sobre esses rendimentos, o que seria mais do que simbólico: seria justo.
Em resumo: o Brasil começou a corrigir um desequilíbrio histórico. Reduzir a carga sobre quem ganha pouco é importante. Mas fazer os que ganham muito contribuírem mais é o que, de fato, transforma um país desigual num país mais decente.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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