POR RICARDO MARQUES
Ao defender um fundo internacional financiado por gigantes do petróleo, carvão e gás, o governador Carlos Brandão faz o que muitos evitam — aponta para quem realmente lucra com a destruição do planeta e transfere a conta para quem menos pode pagar. Enfim alguém disse o óbvio na COP30: não dá para exigir que países pobres salvem a Terra enquanto as grandes poluidoras de sempre seguem faturando bilhões sem colocar a mão no bolso.
E a proposta não é discurso vazio; é pragmatismo puro. Se existem projetos ambientais sérios, estruturados e prontos para execução — como os que o Maranhão apresentou — por que não destiná-los a um fundo robusto, capaz de transformar debates em ações reais? Brandão acerta também ao lembrar que esses conglomerados já devastaram seus próprios territórios e agora cobram “preservação” alheia, como se a conta ambiental tivesse vencimento só para os mais pobres.
Enquanto isso, o Maranhão faz sua parte: implanta a primeira universidade indígena do Brasil, recupera áreas degradadas com parcerias internacionais, cria parques ecológicos, combate queimadas e avança na regularização fundiária. Ou seja, foi à COP30 com resultados, não com promessas.
Nesse contexto, a cobrança de Brandão é justa e necessária. Se os maiores poluidores do planeta querem participar do debate climático, que participem também da fatura. Preservar o planeta custa caro — e o Maranhão fez bonito na COP30, mostrou que sabe onde investir.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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