O início do ano no Colégio de Procuradores do Ministério Público foi marcado por intensidade. Na primeira reunião do colegiado, uma frase inoportuna provocou um pedido posterior de desculpas do procurador-geral de Justiça Danilo Castro aos juízes maranhenses, quando ele afirmou que “cabeça de juiz, dianteira de padre e traseira de burro não são confiáveis” – fato que gerou uma reação da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), que emitiu, na terça-feira, 28, uma nota de repúdio.
A reunião, que se estendeu por 2 horas e meia, começou com uma grave cobrança do ex-procurador-geral de Justiça Raimundo Nonato de Carvalho Filho contra Eduardo Nicolau, também ex-PGJ, pelo uso indevido de policiais em sua segurança pessoal, embora não tivesse essa prerrogativa.
Carvalho Filho apontou que Nicolau dispõe de cinco policiais e uma viatura para escolta, exigindo explicações tanto do próprio Nicolau quanto do atual PGJ, Danilo Castro. Ele expressou sua indignação, destacando que o Ministério Público defende a moralidade e que não ficará em silêncio diante do que considera injusto.
Nicolau, presente na sessão, justificou a necessidade da escolta policial devido a ameaças recebidas "por quatro homens na penitenciária". No entanto, o jornalista Marco d’Eça afirmou em seu blog ter pesquisado nos principais arquivos de mídia e não encontrou nenhuma referência a essa suposta ameaça desde o início da gestão de Nicolau em 2020.
Raimundo Nonato de Carvalho Filho, que liderou o Ministério Público em um período desafiador durante a investigação do crime organizado envolvendo políticos, policiais e empresários, revelou durante a sessão que nunca solicitou qualquer tipo de escolta ou segurança armada para si ou para sua família.
Danilo Castro limitou-se a mencionar que a ordem para a escolta é uma determinação do Conselho Nacional do Ministério Público.
Fonte: Com informações do blog do Marco d'Éça
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