
Na Assembleia Legislativa do Maranhão, um espetáculo digno de teatro político. Os dinistas — remanescentes do grupo de Flávio Dino —, que agora são desafetos do governador Carlos Brandão, resolveram se insurgir contra um veto do mandatário estadual.
Até aí, nada demais, oposição existe para se opor mesmo — é do jogo. O detalhe é que, de acordo com Yglésio Moysés — deputado da base governista —, o argumento usado por Brandão é o mesmo, palavra por palavra, que o próprio Dino utilizava para barrar projetos idênticos. Na época, Rodrigo Lago, hoje deputado, era secretário e porta-voz do governo, garantindo que a Assembleia obedecesse sem pestanejar. Othelino Neto, então presidente da Casa, completava o serviço: veto de Dino era lei — ponto final.
Agora, os mesmos atores sobem ao palco com o script invertido. O que antes era “fundamentação jurídica irrefutável” virou “autoritarismo do Palácio”. Coube a Yglésio lembrar o óbvio: os argumentos atuais são um simples “Ctrl C + Ctrl V” dos tempos de Dino. Ou seja, o que mudou não foi a lei, foi apenas a plateia.
No fim das contas, o grupo que se habituou a mandar encontra dificuldade para aprender a fazer oposição… sobretudo quando o espelho do passado insiste em refletir as próprias contradições.
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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