É praticamente folclore moderno: você descobre que um cara condenado por fraudar aposentados anda por aí ostentando Lamborghini e iate — e se pergunta: ‘onde foi que a justiça perdeu o joio?’
Pois bem: o protagonista dessa história é dono de empresa que — pasmem — foi condenado por lesar quem já passou uma vida inteira pagando contribuição para o INSS. Ainda assim, em vez de reconhecer a culpa e devolver o que deve, resolveu mostrar ao mundo — várias a rede social — que fraude é negócio que rende… automóvel italiano de luxo e embarcação de alto padrão.
E claro, não podia faltar o ingrediente clássico da receita: um político bem posicionado, pronto para oferecer a sombra necessária a esse tipo de árvore podre florescer. Porque fraude sem apadrinhamento, no Brasil, é como iate sem mar: simplesmente não navega.
Imaginem só: enquanto muitos seguram as contas do mês com a aposentadoria suada, esse empresário desfila como se cada fraude fosse um troféu. A punição existe no papel — mas, na prática, vira piada. A justiça condena, mas não impede o desfile de luxo.
E aí está a ironia maior: a impunidade se tornou o patrocinador oficial da desigualdade. Que esse caso sirva de espelho — e que esse Lamborghini e esse iate sejam lembrados como símbolos de um erro que ainda precisa custar caro.
E aí, justiça: vai virar ação ou continuará novela de luxo e impunidade?
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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