POR RICARDO MARQUES
O Congresso Nacional decidiu, mais uma vez, mostrar que quando o assunto é meio ambiente, a régua moral cai para níveis tão baixos que só um submarino político conseguiria alcançar. A derrubada dos vetos do presidente Lula escancara um jogo de força que parece menos sobre defender o Brasil e mais sobre agradar setores que tratam o planeta como um estorvo — ou, na melhor das hipóteses, como um estoque inesgotável de matéria-prima para hoje, sem a menor preocupação com o amanhã.
É irônico, para não dizer trágico, ver parlamentares discursando sobre “progresso”, enquanto enfiam retrocessos goela abaixo do país. A cada sessão, parece que fazem questão de provar que sim, é possível piorar o que já estava ruim. E o mais impressionante é que tudo isso acontece sob aplausos de quem deveria fiscalizar, de quem deveria representar o interesse público, mas age como se estivesse assinando recibo de fidelidade a velhas práticas.
No fim das contas, o recado é claro: o meio ambiente continua sendo moeda de troca, e a sustentabilidade, mera peça decorativa de discursos vazios. Fica a dúvida: quem, exatamente, eles pensam que vai herdar o Brasil que estão desmontando?
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Fonte: O comentário do dia de Ricardo Marques
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